quinta-feira, 2 de maio de 2013

Veste-me a seda

13 - 1
Veste-me a seda
das tuas mãos
serenas
Veste-me a roupa quente da tua pele
e aperta-me com o cinto dos teus braços
no lugar onde o meio traz cansaços
Evita que na ausência de ti gele

Recorta-me
em pequenos pedaços
Ata-me em laços
e guarda-me no coração
antes de saíres para o mundo
e bater no fundo
da traição que te apetece


EDGARDO XAVIER, in AMOR DESPENTEADO (Casa das Cenas, 2007)

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