segunda-feira, 20 de maio de 2013

Ironia infantil

Querida Vida: venho fazer-te um pedido um pouco raro.
Ao invés do que costumarás receber, a minha intenção é oposta às de acumulação ou multiplicação.
Claro que me mantenho na casa da sementeira, da rega e frutificação, do depurar e adubar para que sigas latejante, cintilante e renovada.
Acontece, porém — e porque menos é mais — haver algum risco de, à custa de tanto te comemorar e sentir, poder o meu lado esquerdo ter algum susto ou sobressalto que faça vacilar-te nos meus dias.
Assim sendo, e porque te amo, Querida Vida, faz-me só um favorzinho: abranda um bocadinho nas tuas emissões, sim?, para podermos caminhar irmanadas e, eu, ao teu serviço.
Abranda só um bocadinho, antes que eu expluda de... Vida!
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maria toscano.
Coimbra, 20 Maio / 2013

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