Completo a última volta
dos teus olhos.
Equilibro o teu rosto suave
na seda que desliza.
A minha sede é um círculo
de luz que me entregaram a beber.
O suor da minha saliva é uma estrela
que se espuma no presente.
Não quero imaginar o nada
que serias sem mim…
Eu sem ti sou tudo mais.
Não vou dormir enquanto
não acordar à tua porta.
CLÁUDIO CORDEIRO, in UM TUDO NADA ÁGUA (Lua de Marfim, 2012)
Sem comentários:
Enviar um comentário