sexta-feira, 26 de abril de 2013

Solidão

Sei que no parado das horas
entre sombras e aromas de urze
me liberta a noite
do rigor do caminho

Corpos sem nome e sem rosto
vestem a seda da tua pele
nos sons do escuro

mas é a ti que procuro
em qualquer tempo
e teus são os beijos que colho
estranhos
noutras bocas

Só a noite me liberta
da solidão do destino


EDGARDO XAVIER, in CORPO DE ABRIGO (Temas Originais, 2011)

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