terça-feira, 18 de setembro de 2012

Quando nos separámos

Quando nos separámos
Em silêncio e choro
E quebrados ficámos
Num vazio duradouro
Pálido e frio teu rosto ficou,
O teu beijo frio como água;
E essa hora prenunciou
Toda esta mágoa.

O orvalho matinal
Que senti nessa hora
Era já um sinal
Do que sinto agora.
O teu voto foi quebrado,
Nova luz te conhece;
Oiço o teu nome falado
E como isso me entristece.

Sempre que oiço o teu nome
Abre-se esta ferida
Um arrepio que me consome
Porque me foste tão querida?
Eles não sabem que te conheci
E que foi um conhecer profundo
Sei que vou desistir de ti
Mas não o direi ao mundo.

Conhecemo-nos sem se saber
Em silêncio sofrerei
Que o teu coração poderia esquecer
E iludir-te, não sei.
Se te encontrar
Num ano vindouro
Como te deverei encarar?
Com silêncio e choro...

George Gordon Byron

Sem comentários:

Enviar um comentário