segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Amo-te, Amor!

Chegas-me
nos sorrisos que lançaste
das janelas fechadas
entre olhares furtivos
trocados na madrugada
enquanto todos dormiam
o nosso sonho encantado.

Chegas-me
no aroma que deixaste
naquela flor murcha
que abandonaste
à porta da minha casa
naquele dia que te foste
e mais nada deixaste.

Chegas-me
na letra desenhada
daquela carta que escreveste
e onde me disseste
porque me abandonaste
sozinho no espaço
da cama que criaste.

Não, não te foste ainda embora
pois na tristeza da memória
que em mim deixaste
sinto ainda o amor
que nunca abandonaste
como uma flor
que vive em mim.

José Maria Almeida

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