Podia escrever o teu nome num vidro embaciado ou
segredá-lo a uma borboleta negra.
Podia cortar os pulsos e deixar o sangue correr até que
o mar ficasse vermelho.
Ou beijar-te os pés. Mas esse gesto está reservado
desde o princípio dos séculos e teria o sabor de uma
profanação.
JORGE DE SOUSA BRAGA, in O POETA NU (Lisboa, Fenda Ed., 1999)
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