sábado, 30 de março de 2013

Renascer

!03

Quero viver como as flores,
sem levar saudade das primaveras,
quero somente ter
a alegria de alcançar o infinito
e num mundo de cores
renascer.
Quero viver como as nuvens,
refazendo minhas formas no espaço,
levando esperança a todo canto,
quero me abrigar deste cansaço,
morrer, vivendo,
sem nenhum espanto.
Quero viver como os rios
que livremente se dão oceanos,
que se lançam,
sem temor,
arrastando mágoas, desenganos,
quero levar por vilas e cidades
enchentes de amor.
Quero viver como as manhãs,
sentindo o despertar de cada sol,
quero a luz do dia,
penetrando em mim,
mostrar ao mundo inteiro,
fazer crer
que morte não é fim,
quero ser manhã
para ser capaz de anoitecer...

Ivone Boechat (autora)
Publicado no livro AMANHECER 3ª.Ed Reproarte -RJ 2004

3 comentários:

  1. Renascer

    Ivone Boechat (autora)


    Quero viver como as flores,
    sem levar saudade das primaveras,
    quero somente ter
    a alegria de alcançar o infinito
    e num mundo de cores
    renascer.
    Quero viver como as nuvens,
    refazendo minhas formas no espaço,
    levando esperança a todo canto,
    quero me abrigar deste cansaço,
    morrer, vivendo,
    sem nenhum espanto.
    Quero viver como os rios
    que livremente se dão oceanos,
    que se lançam,
    sem temor,
    arrastando mágoas, desenganos,
    quero levar por vilas e cidades
    enchentes de amor.
    Quero viver como as manhãs,
    sentindo o despertar de cada sol,
    quero a luz do dia,
    penetrando em mim,
    mostrar ao mundo inteiro,
    fazer crer
    que morte não é fim,
    quero ser manhã
    para ser capaz de anoitecer.

    Publicado no meu livro AMANHECER 3ª.Ed Reproarte -RJ 2004

    ResponderEliminar
  2. Correcção acerca do autor efectuada

    ResponderEliminar
  3. MEU CANTO


    Eu faço versos
    para espantar meus sustos,
    dores, angústias e tristezas vãs,
    vou caminhando
    pra esquecer o tempo.
    e, nesse alento,
    vou buscando mágoas
    pra apagar as chagas
    e recomeçar.

    Sou como lírios
    que iluminam vales,
    sou como águias
    à procura do infinito,
    busco no vento
    a força contra os muros,
    e, nesse alento,
    vou buscando mágoas
    pra apagar as chagas
    e recomeçar.

    Chuva miúda,
    dor pequena,
    tarde calma,
    luz maior,
    partir sem medo,
    sem fazer segredo,
    voltar, sorrindo,
    se puder voltar.
    E, nesse alento,
    vou buscando mágoas
    pra apagar as chagas
    e recomeçar.

    Revendo amigos,
    conhecendo mundos,
    atravessando abismos,
    pra poder contar,
    vou com as flores,
    enfeitando estradas
    pra poder na volta te encontrar.

    E, nesse alento,
    vou buscando mágoas
    pra apagar as chagas
    e recomeçar.

    Ivone Boechat
    Publicado no meu livro AMANHECER 3ª.Ed Reproarte -RJ 2004

    ResponderEliminar