És a página em branco que viro com a respiração
Corpo leve ao respirar esta essência da partilha
do ar que consumimos
Boca na boca respiro-te
Descubro-te na solidez dos dedos ágeis
Página em branco que preencho com os braços
envoltos na espessa neblina do arfar
Braço no braço escrevo-te
És a criação da liberdade em movimento
És a palavra liberta em redor do corpo
Marfim talhado na robustez da descoberta
Palavra a palavra crio-te
No perpetuar dos dias escorre o suor da vida
esse áspero mar que nos carrega
e me convida a escrever escrever continuamente
em todo o recanto da tua branca página
José Bernardes
Sem comentários:
Enviar um comentário