Fecho as pernas
por entre os braços que me abraçam,
cerro os olhos
e ouço apenas o coração
ritmado dentro do peito,
ouço as águas do ribeiro
beijando as margens verdejantes,
ouço as minhas lágrimas;
E calo-me,
calo-me em ti.
A felicidade também dói,
o amor dói,
a paixão dói.
Afagas-me o rosto com a ponta dos dedos
e há um sorriso encantador que te marca as faces,
tremo as mãos
e o coração quer rasgar-se por dentro.
Sinto a areia molhada onde me sento
e acomodo melhor o corpo,
Pincelo na areia o teu nome
e deixo que a espuma das águas o envolva…
partilho-te…
e partilho-te com o vento,
O relógio parou no meu pulso
para que o tempo se eternize em nós.
A felicidade também dói,
o amor dói,
a paixão dói,
Mas dói no outro lado do peito
Francisco Valverde Arsénio
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