quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Ali na terra fresca

Ali na terra fresca… onde quis apenas ser um caule
De uma flor… que escolhi… no mar jardim teu.

Nos tempos das luas infindáveis… contei nuvens
Olhei o tempo dentro do tempo… e orei pelo sol

Corri no fio horizonte… a junção do teu silêncio
Sorri na nascente do amanhã bonito despertar

E em cada rascunho de palavras sonhadas
Juntava uma pétala da minha assinatura, tua

Recantos de passos juntos no monumento fogo
Verdes de um imenso respirar onde brotam trevos

Sortes cromáticas no dar a mão… desejo sempre
Apelos resumos… ciclos e versículos de leituras

Nos tempos das luas infindáveis… contei nuvens
Olhei o tempo dentro do tempo… e orei pelo sol

Quis ler-te comentário do meu olhar sedento
E apenas descobri uma folha branca sorriso!


JOSÉ LUÍS OUTONO, in DA JANELA DO MEU (A)MAR (Ed. Vieira da Silva, 2011)

Sem comentários:

Enviar um comentário