quinta-feira, 14 de junho de 2012

O poema que hei-de escrever para ti

O poema que hei-de escrever para ti, dando notícias
Do último reduto das coisas, das profundidades intactas,
Nasce, adormece e referve-me no sangue
Com a íntima lentidão dos teus seios desabrochando,
Porque, sei, não estás longe (nem da minha vida!), meu mistério fiel.

Hoje a nossa companhia é a tua inconsciência e o teu instinto: puro

Instinto que eu, de longe, embalo e velo
E acordará («em frente!») às primeiras palavras
Do poema, quando ele despontar.


Cristovam Pavia

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